quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O circo: um divertimento popular


Grupos circenses entraram no Brasil, mesmo antes do século XVIII e o surgimento do circo de cavalinhos na Inglaterra. Eram companhias formadas por ciganos expulsos de Portugal e Espanha, que apresentavam doma de animais, números de ilusionismo.

A partir do século XIX, porém, ingressam as tradicionais famílias circenses, em geral, grupos que excursionavam pela América Latina e acabavam fixando-se num país em particular. Um dos exemplos clássicos, apresentados pela literatura, é a família Chiarini, que chegou em 1834, conforme Erminia Silva.

Os circos, movendo-se por diferentes regiões do país ou mesmo pelos países vizinhos e tendo a sua origem em solo europeu, representavam uma forma de divulgação da cultura, visto que danças e músicas podiam ser apresentadas, independente do local e evocavam estilos transnacionais como o flamenco, do mesmo modo que a língua francesa, inglesa, italiana ou espanhola achava, nestes ambulantes, um meio para propagar-se por territórios distintos. Parece claro que as “novidades” trazidas pelos artistas acabassem se espalhando em festas e outras atividades de divertimento de cada local. Além disso, provavelmente, ensejava experiências entre brasileiros que se julgavam hábeis para as atividades circenses, mas que não admitiam, até então, afastar-se em definitivo de suas famílias, cuja origem era sedentária, sobremodo, agrária.


E, assim, o circo adentrou o universo artístico brasileiro, de tal modo que: “Os circos de cavalinhos estariam presentes, a partir da segunda metade do século XIX, na maior parte das cidades brasileiras, tornando-se, em alguns casos, a única diversão da população local” (SILVA, 2003, p. 48).

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