segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Vai, vai, vai começar a brincadeira - o aparecimento do circo



Egresso das fileiras reais, o cavaleiro Philip Astley criou uma modalidade de apresentação artística que ficou conhecida como circo de cavalinhos. Era um espetáculo aristocrático, feito por homens que haviam servido à cavalaria de Vossa Alteza Real, a Rainha (ou Rei) da Inglaterra para homens e mulheres de fino trato que ocupavam a plateia.

Circo Oriente, que pertenceu a Nhô Bastião, pai do palhaço
Serelepe (seu Zezo)
“Para grande parte da bibliografia que trata da história do circo, Astley é considerado o inventor da pista circular e criador de um novo espetáculo” (SILVA, 2003, p.18). O mesmo posicionamento é defendido por Seibel (2005), que apõe: “nace en Londres, en 1770 el primer circo moderno (...). En 1779, Astley construye un local permanente de madera con techo, el Real Anfiteatro Astley de Artes.” (SEIBEL, 2005, p. 12)

Torres (1998) salienta o tom militar imposto por Astley às apresentações: os uniformes, o som dos tambores, as vozes de comando. Do ponto de vista artístico, Astley também aparece como precursor da nova modalidade de divertimento, visto que ele, ao lado dos jogos e das corridas a cavalo – inicialmente, senhores absolutos do espetáculo -, introduziu saltadores, acrobatas, malabaristas, adestradores de animais, enfim, artistas que, por muitos anos, haviam se apresentado em praças e feiras, ao ar livre ou valendo-se de barracas rudimentares. Sua inserção atendia ao objetivo de Astley “de imprimir ritmo às apresentações e dar um entretenimento diferente ao público. Os clowns fingiam-se de aldeões ou camponeses rústicos, imitando hábeis cavaleiros, mas de forma grotesca”. (SILVA, 1996, p. 25)

A palavra circo propriamente dita apareceria mais tarde, na montagem da companhia de Нughes, antigo cavaleiro da trupe de Astley, que, em 1780, apresentaria o Royal Circus.

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